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'Asfalto-fantasma' e mais fino que uma caneta: como ficaram as cidades onde o dinheiro das emendas não chegou

PF apreende dinheiro em espécie e veículos de luxo em operação contra desvio de emendas parlamentares A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (28) um...

'Asfalto-fantasma' e mais fino que uma caneta: como ficaram as cidades onde o dinheiro das emendas não chegou
'Asfalto-fantasma' e mais fino que uma caneta: como ficaram as cidades onde o dinheiro das emendas não chegou (Foto: Reprodução)

PF apreende dinheiro em espécie e veículos de luxo em operação contra desvio de emendas parlamentares A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (28) uma operação contra suspeitos de desviar recursos de contratos firmados para a pavimentação de rodovias, financiados por emendas parlamentares. Auditores detectaram que o dinheiro federal que deveria ser usado em pavimentação de vias e rodovias ou foi muito mal aplicado ou simplesmente não foi usado. O blog teve acesso às imagens da investigação que mostram essa suspeita. Há cidades como Alexandria e Serrinha dos Pintos (RN) em que o asfalto sequer chegou. Está tudo em terra ou areia. Na cidade de Brejinho, a auditoria da Controladoria-Geral da União aponta que a camada de asfalto é mais fina que a espessura de uma caneta, não à toa já está destruída e deixando de existir. Veja nas imagens: Operação da PF contra desvio de emendas Imagens obtidas pela GloboNews Operação da PF e da CGU contra desvio de recursos para rodovias Imagens obtidas pela GloboNews As investigações começaram depois que a Controladoria-Geral da União (CGU) identificou, durante auditorias, indícios de superfaturamento, execução parcial ou inexistente dos serviços, medições fraudulentas e favorecimento indevido de empresas contratadas. A operação é chamada de Fake Road, que significa rodovia falsa, em inglês. Os contratos irregulares foram firmados pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs). Segundo a PF, há suspeita da atuação de servidores públicos e representantes de empresas privadas, "em possível organização criminosa voltada ao desvio de recursos públicos, com prejuízo estimado em mais de R$ 22 milhões". Os agentes apreenderam cinco veículos, sendo três veículos de luxo e R$ 22 mil em espécie durante o cumprimento de mandados contra os investigados. A operação foi autorizada pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF).