Como é cidade cenográfica do Exército que vai receber R$ 5,6 milhões para treinar militares em protestos, terrorismo e desastres
Primeira fase das obras deve começar em março de 2025 e inclui a construção de 31 residências de pequeno e grande porte distribuídas entre quatro quadras ...
Primeira fase das obras deve começar em março de 2025 e inclui a construção de 31 residências de pequeno e grande porte distribuídas entre quatro quadras Cidade cenográfica do Exército vai receber R$ 5,6 milhões para treinar militares O Exército abriu uma licitação para obras de ampliação da cidade cenográfica do Centro de Instrução de Operações Urbanas (CIOU). A unidade é usada para treinar militares brasileiros em ocorrências de sequestros, ataques terroristas, desastres naturais e protestos violentos. A CIOU fica no 28° Batalhão de Infantaria Mecanizado (28° BIMec), em Campinas (SP), e conta atualmente como uma estrutura improvisada de treinamento feita, principalmente, de contêineres. O g1 esteve no centro em outubro de 2021 e acompanhou um treinamento. (assista no vídeo acima) 📲 Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp Com a nova obra, que teve a primeira fase orçada em R$ 5,6 milhões, o Exército pretende levantar a cidade cenográfica com alvenaria. Veja abaixo como é atualmente e o que a planta do projeto prevê de construção (em vermelho as residências). Initial plugin text Segundo o edital do Exército, a cidade cenográfica pretende reproduzir a arquitetura de edifícios e estruturas semelhantes a ambientes urbanos e, com isso, treinar com mais precisão e realismo técnicas de combate urbano, como reconhecimento de áreas e resgate de reféns. "A falta de realismo prejudica sobremaneira o adestramento das tropas, o que reflete na capacidade operacional da Força Terrestre. Portanto, a construção da cidade cenográfica do CIOU, composta por edificações permanentes que possuem todas as características necessárias para a simulação do ambiente urbano, é de vital importância para a manutenção da operacionalidade do Exército Brasileiro", diz relatório anexo à licitação. Atual estrutura do Centro de Instrução de Operações Urbanas conta com contêiners João Gabriel Alvarenga/g1 31 residências e favelas A 1ª fase das obras deve começar em março de 2025 e inclui a construção de 31 residências de pequeno e grande porte distribuídas entre quatro quadras que somam uma área total de 2,8 mil metros quadrados. A ampliação total da cidade cenográfica, no entanto, incluirá a construção de 66 imóveis. A próxima etapa das obras ainda não tem previsão. Além de residências, edifícios e estações, a planta do novo CIOU também descreve duas áreas no terreno identificadas como 'favelas'. Segundo o projeto, são estruturas já existentes e utilizadas no centro de instrução que serão mantidas. Reduzir efeito colateral Militares treinam em outubro de 2021 no Centro de Instrução de Operações Urbanas do Exército em Campinas João Gabriel Alvarenga/g1 Ao g1, o Comando Militar do Sudeste (CMSE), responsável pelo Exército no Estado de São Paulo, informou que o projeto para a ampliação do CIOU pretende capacitar militares de todo território nacional "a atuar em ambientes altamente urbanizados". "Serão novas instalações, simulando edificações e obstáculos característicos do ambiente real, permitindo a capacitação em técnicas, táticas e procedimentos em ambiente urbano", informou. O Comando afirmou que o treinamento de militares em condições urbanas é necessário para trazer mais realismo e, assim, reduzir o risco de efeito colateral à população. "Cabe destacar que, no combate moderno, grande parte dos confrontos ocorrem nas cidades e que os treinamentos em condições mais realistas reduz o risco do efeito colateral à população", diz a nota. GLO e MINUSTAH Embora o Exército não tenha competência constitucional primária em Segurança Pública, onde a atuação em áreas urbanas é comum, a Força já foi acionada para atuar em operações desta natureza. Esse ano, a partir de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (LOA), as Forças Armadas atuaram na segurança do G20 no Rio de Janeiro. O Exército também teve participação importante como força de paz no Haiti, a chamada Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti (MINUSTAH). *Reportagem sob supervisão de João Gabriel Alvarenga VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias sobre a região no g1 Campinas