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Impulsionada pelo artesanato, Indústria Criativa vive fase de expansão em Rio Preto

Responsável por 3,11% do Produto Interno Bruto (PIB), setor evoluiu na última década em Rio Preto. Um dos sinais desse aquecimento é a mobilização de 300 ...

Impulsionada pelo artesanato, Indústria Criativa vive fase de expansão em Rio Preto
Impulsionada pelo artesanato, Indústria Criativa vive fase de expansão em Rio Preto (Foto: Reprodução)

Responsável por 3,11% do Produto Interno Bruto (PIB), setor evoluiu na última década em Rio Preto. Um dos sinais desse aquecimento é a mobilização de 300 artesãs da cidade em torno de uma associação. Janaína Moraes com os amigurumis: crocheteira, que integra associação criada este ano em Rio Preto (SP), percebe aquecimento do mercado de artesanato Arquivo pessoal A criatividade gira a economia de São José do Rio Preto (SP) e impulsiona novos negócios. Com mais de 5,7 mil empresas, o setor da Indústria Criativa vive uma fase de expansão. 📲 Participe do canal do g1 Rio Preto e Araçatuba no WhatsApp Um dos sinais desse aquecimento é a mobilização de 300 artesãs da cidade em torno de uma associação que abriu a própria sede para feiras coletivas permanentes. Além do artesanato, desponta na Indústria Criativa local a área de tecnologia, conforme a Associação Comercial de Rio Preto (Acirp) A Indústria Criativa, responsável por 3,11% do Produto Interno Bruto (PIB), é um setor que evoluiu na última década em Rio Preto, destaca em entrevista ao g1 o produtor cultural e professor Hárlen Felix, que observa determinados grupos em organização, como artesãos. "Há um movimento de feiras de artesanato, de galerias de arte, que vai impulsionando mais o setor. Evoluímos muito em relação ao que era uma década atrás", afirma Hárlen. Uma ampla gama de setores está ligada à Indústria Criativa, como artes, mídia, design, moda, arquitetura, publicidade, entretenimento, software, jogos digitais, turismo cultural, gastronomia, entre outros. Até 2030, um milhão de novos empregos devem ser gerados no Brasil pela Indústria Criativa, conforme as estimativas do Observatório Nacional da Indústria. Organização e empoderamento Dispostas a organizar o setor do artesanato, as associadas da Coletiva Mãos Femininas, reunidas desde 2022, formalizaram a associação e abriram um espaço próprio em junho deste ano. A Casa Coletiva de Cultura e Arte, no bairro Nossa Senhora da Paz, conta com salas de exposição, duas salas de aula e cozinha, onde as artesãs da área de gastronomia podem preparar quitutes para consumo imediato. O quintal é o espaço reservado para a feira coletiva permanente e para outros eventos, como apresentações musicais. A associação conta com 300 cadastros, dos quais 52 são de sócias diretas. Segundo uma das integrantes da Coletiva Mãos Femininas, a crocheteira Janaína Moraes, a associação busca fortalecer o setor, evitando a dispersão, para aproveitar o aquecimento dos negócios. "Hoje a economia criativa relacionada ao artesanato está extremamente aquecida", explica Janaína. Como exemplo, ela cita a multiplicação de feiras de artesanato pelos bairros de Rio Preto, com ao menos quatro eventos periódicos, além da feira de caráter permanente na sede própria do ajuntamento. O grupo trabalha pela valorização da mulher a partir da preservação da cultura do artesanato. Janaína explica que a missão é ressaltar a importância do trabalho manual feminino como fonte de renda e busca por independência financeira. "É uma forma de empoderamento feminino", destaca. Do total de mulheres cadastradas, 70% têm no artesanato sua única fonte de renda. A própria Janaína é uma delas, explorando há um ano, exclusivamente, um tipo de crochê que virou febre: o amigurumi. Vinda de família de crocheteiras, ela entrou de cabeça na atividade a partir da pandemia. Durante a quarentena, passou a desenvolver bonecos de amigurumi e a postar as fotos nas redes sociais, atraindo as atenções. "De lá para cá, não parei mais de fazer crochê", declara. Crescimento gradual Ceramista Daniele Butkousky, de Rio Preto (SP), foca seu trabalho na internet para ampliar o mercado Arquivo pessoal A ceramista Daniele Butkousky observa que a Indústria Criativa está em processo de aquecimento gradual por segmentos em Rio Preto, como o que ocorre com o artesanato. "É um aquecimento que se dá pela retomada das atividades pós-pandemia. Pode ser uma consolidação mais madura, que permaneça por mais tempo", diz a ceramista. Daniele encontra novas oportunidades no meio digital, que favorece a superar as fronteiras e atingir outros mercados além de Rio Preto. Ela acaba de lançar uma coleção de peças autorais pela internet, depois de bastante pesquisa e desenvolvimento do design e da utilidade das peças. Daniele começou a trabalhar com cerâmica ao perceber a falta de peças de formatos diferentes para a pintura que desenvolvia, o pontilhismo contemporâneo. "Sempre busquei formas diferentes. Daí tive a ideia de fazer as minhas próprias peças. Assim acabei me envolvendo com o mundo da cerâmica", conta ela, que também ministra aulas na área. Tendência de mercado Pérola Oliveira pegou carona na tendência de festas minimalistas para investir no mercado de decoração de eventos Arquivo pessoal Ao decidir entrar no ramo de decorações de eventos, há quatro anos, a artesã Pérola Oliveira percebeu uma tendência de mercado que se mostrou bastante atrativa: as festas minimalistas, como aniversários, com a presença de poucas pessoas. A partir de uma linha de crédito, ela resgatou um projeto antigo que era o de balões decorativos. Hoje, trabalha com 25 encomendas por semana, em média, para as quais desenvolve peças personalizadas. "O setor de festas está bem aquecido", declara. Capital intelectual Em entrevista à TV TEM, a diretora de economia criativa da Acirp, Drica Sanches, considera que o setor tem um crescimento exponencial por depender exclusivamente do capital intelectual. "É o tipo de negócio que depende menos de fatores externos, e mais de fatores internos, do poder criativo das pessoas", afirma a diretora. O turismo é um segmento desse setor com potencial para Rio Preto, destaca o produtor cultural Hárlen Felix ao g1. "Temos uma característica muito peculiar que é o turismo de negócios, ou relacionado à área da saúde. Falta explorar essa área através da cultura e da arte, oferecendo atrativos", diz Hárlen. Para ele, falta capacitação para os profissionais, que na maioria são freelancers, independentes ou autônomos, para se estabelecer no mercado. "É necessário capacitar os profissionais a desenvolver uma visão mais empresarial, para qualificá-los como gestores", declara. Empreendedores investem em economia criativa na região de Rio Preto Veja mais notícias da região no g1 Rio Preto e Araçatuba VÍDEOS: confira as reportagens da TV TEM

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