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Justiça Federal suspende interdição de cooperativa de mineração de ouro em Calçoene, no Amapá

Ibama combate garimpo ilegal em áreas de proteção ambiental no Amapá A Justiça Federal do Amapá suspendeu, em decisão liminar, a interdição das ativida...

Justiça Federal suspende interdição de cooperativa de mineração de ouro em Calçoene, no Amapá
Justiça Federal suspende interdição de cooperativa de mineração de ouro em Calçoene, no Amapá (Foto: Reprodução)

Ibama combate garimpo ilegal em áreas de proteção ambiental no Amapá A Justiça Federal do Amapá suspendeu, em decisão liminar, a interdição das atividades da Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros do Lourenço (Coogal). A medida havia sido determinada pelo Ibama durante a operação “Xapiri – Árvore Sagrada”, realizada em novembro. O valor das multas aplicadas chega a R$ 5,5 milhões. Segundo a cooperativa, a ação do Ibama levou à paralisação completa da mineração no distrito de Lourenço, no município de Calçoene. O órgão apontou uso de mercúrio, descumprimento de regras ambientais, falhas no manejo de rejeitos e sobreposição da área com a Floresta Estadual do Amapá. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 AP no WhatsApp Na decisão, o juiz federal Anselmo Gonçalves da Silva considerou que há indícios suficientes para suspender a interdição. Ele destacou que as licenças ambientais da cooperativa estão prorrogadas, que laudos técnicos não apontaram contaminação por mercúrio e que a competência para fiscalizar seria do órgão estadual. Também avaliou que os títulos minerários da Coogal são anteriores à criação da Floresta Estadual, em 2006. O magistrado ressaltou ainda o impacto social da paralisação, que compromete a renda de mais de 3 mil famílias. Para ele, o risco de manter a interdição é maior do que o de suspender a medida. Com isso, a Justiça autorizou a retomada das atividades da cooperativa. O Ibama poderá continuar fiscalizando, mas sem impedir totalmente a mineração. O juiz determinou que o Ibama seja intimado com urgência e que apresente defesa no prazo legal. Também pediu manifestação das partes e do Ministério Público Federal sobre a competência da Vara de Oiapoque para julgar o caso. Condenação por crimes ambientais Operação Ágata em 2024 em garimpo de Lourenço, Calçoene Rafael Aleixo/g1 A Justiça condenou no início deste mês a Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros do Lourenço (Coogal) e seu ex-presidente por crimes ambientais em Calçoene. A decisão fixou indenização mínima de R$ 106,7 milhões para reparar os danos causados e reconheceu práticas como destruição de floresta, poluição com risco à saúde, mineração irregular e uso ilegal de mercúrio. O caso é resultado da Operação Minamata, deflagrada em 2017 pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal (MPF). A investigação apurou trabalho análogo à escravidão, contaminação por mercúrio e mineração ilegal em garimpos do estado. Segundo o MPF, a Coogal funcionava como fachada para exploração de terceiros, enquanto o então presidente negociava mercúrio com estrangeiros. À Rede Amazônia, a defesa da cooperativa informou que vai recorrer da decisão. Operação Minamata, em 2017 no Amapá Adevaldo Cunha/Rede Amazônica Distrito de Lourenço, em Calçoene Arquivo/GEA Veja o plantão de últimas notícias do g1 Amapá VÍDEOS com as notícias do Amapá: