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Moradores de Socorro prejudicados por enchente histórica no início do ano revivem temor com novo período chuvoso: 'Desesperador'

Em janeiro, a cidade decretou estado de emergência após registrar 100 milímetros de chuva em 2h. Com o alto volume de água, o Rio do Peixe transbordou e dei...

Moradores de Socorro prejudicados por enchente histórica no início do ano revivem temor com novo período chuvoso: 'Desesperador'
Moradores de Socorro prejudicados por enchente histórica no início do ano revivem temor com novo período chuvoso: 'Desesperador' (Foto: Reprodução)

Em janeiro, a cidade decretou estado de emergência após registrar 100 milímetros de chuva em 2h. Com o alto volume de água, o Rio do Peixe transbordou e deixou trechos da cidade embaixo d'água. Socorro foi muito atingida por alagamentos após chuvas Jeferson Salgueiro/Help Fly Drones Moradores de Socorro (SP) que acumularam prejuízos com as chuvas de janeiro deste ano revivem a tensão com a chegada de um novo período chuvoso e o aumento do nível do Rio do Peixe. A situação reacende as memórias das enchentes, quando o transbordamento do manancial afetou 190 famílias e colocou a cidade em estado de emergência. 👉- Relembre aqui. 📲 Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp “Há duas semanas, quando teve uma chuvinha mais forte, eu passei com a minha vizinha revezando a madrugada inteira com medo dessa água subir e a gente não ver. Levantamos as coisas. É desesperador”, conta a moradora Josilene Delfino, que teve sua casa atingida durante o desastre no início do ano. Segundo Josilene, o medo de novas enchentes reaparece em todas as chuvas mais intensas. “A água sobe muito rápido. Depois de algumas horas de chuva, você vai ver e a água já subiu. O desespero é constante, e a situação é muito triste. É duro imaginar que você corre o risco de perder tudo de novo”, desabafou. Com o ocorrido em janeiro, a moradora perdeu diversos móveis e eletrodomésticos após a casa em que reside ser fortemente atingida pela água. "Tudo que tinha, vamos dizer, de um metro para baixo a gente perdeu. Cama, guarda-roupa, armário, documento, só consegui salvar a geladeira." O g1 procurou a Prefeitura de Socorro para saber quais ações de contingência estão sendo adotadas para evitar novas cheias, além de questionar se há alguma ação para tranquilizar a população em períodos de fortes chuvas. Em nota, a Administração Municipal informou que adotou medidas preventivas desde as enchentes ocorridas em janeiro e que prevê, por meio de uma verba específica destinada ao município pelo Governo Federal, a construção de piscinões. Confira as ações de prevenção adotadas pela Prefeitura: Limpeza da cabeceira do Rio do Peixe e dos principais ribeirões que desembocam nele Manutenção de galerias para que o fluxo d’água não seja interrompido Obras de drenagem em córregos que desembocam no rio Construção e reformas de pontes localizadas nos bairros mais afetados pelas enchentes Josilene também criticou a atuação da prefeitura com as famílias afetada durante o episódio de janeiro. Segundo ela, população foi quem mais ajudou as famílias atingidas, enquanto o apoio público foi insuficiente. “A prefeitura nunca apareceu para perguntar como a gente estava ou se precisávamos de alguma coisa. Quem nos ajudou foram as pessoas solidárias da cidade. Recebemos marmitas da prefeitura, mas a qualidade era horrível”, completou. Já a prefeitura afirma que foram fornecidos materiais de higiene, colchões e abrigo para aqueles que não puderam retornar às residências. Também isentou do pagamento de IPTU em 2025 as 190 famílias atingidas. Estado de SP manda 1.600 itens de ajuda humanitária pra Sorocaba e Socorro Defesa Civil SP Outro morador que sofreu com as enchentes de janeiro foi Amberson Edson Alves da Silva, que perdeu sua barbearia durante o desastre. “Eu perdi minha barbearia completa. Perdi bastante coisa. Foi um desastre em janeiro. Mas, graças a Deus, hoje minha situação é outra. Não estou mais na proximidade do rio. Estou no centro da cidade, então não vivo mais esse tormento da chuva. Mas é muito tenso toda essa situação, um dos motivos principais para eu mudar meu espaço foi esse", lamentou. Sabrina também é moradora de Socorro e foi uma das vítimas da enchente ocorrida em janeiro. Ela conta que a água atingiu um salão, onde armazenava itens de artesanato. "Eu tenho um salão que tinha minhas coisas lá, mas graças a Deus me chamaram e deu tempo de eu tirar o que era de mais importante, o resto eu perdi". Segundo Sabrina, com as fortes chuvas que ocorreram neste mês os moradores da cidade ficaram em alerta e, por medo de ocorrer uma nova enchente, levantaram os itens que ficam no chão de casas e comércios na tentativa de impedir que a água os atinja. "O pessoal ficou preocupado porque o rio subiu muito rápido, teve até muita gente da cidade que foi levantando as coisas, teve comércios que tirou veículos para guardar em outro lugar porque ficaram com muito medo. Subiu bastante, e quem passa por enchente fica com receio, né? fica com aquilo na cabeça, será que vai subir? Será que não vai? mas a Defesa Civil sempre tá junto também, monitorando fazendo as coisas", diz Sabrina A prefeitura destacou que monitora o Rio do Peixe por câmeras em pontos críticos e emite alertas através dos canais de comunicação oficiais e da imprensa local quando os rios atingem níveis preocupantes. Além disso, a administração municipal reforçou que continua realizando obras e ações preventivas para evitar novos desastres. O g1 questionou se há novas medidas previstas para reduzir o impacto emocional nas famílias afetadas durante períodos de chuva. Em resposta, a prefeitura reforçou que "continuará comunicando todas as obras e ações realizadas para prevenir enchentes através de seus canais oficiais e da imprensa local". Moradores de Socorro contam os prejuízos um dia após o temporal atingiu a cidade *Sob supervisão de Arthur Menicucci e Claudia Assencio VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas

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