Mosquito transmissor da febre amarela silvestre é encontrado pela primeira vez em SC; veja cidades
O mosquito Haemagogus leucocelaenus foi encontrado pela primeira vez em SC Reprodução/ UFSC Pela primeira vez, o mosquito Haemagogus leucocelaenus, principal ...
O mosquito Haemagogus leucocelaenus foi encontrado pela primeira vez em SC Reprodução/ UFSC Pela primeira vez, o mosquito Haemagogus leucocelaenus, principal vetor da febre amarela silvestre, foi identificado em áreas de mata de cinco municípios catarinenses: Braço do Norte, Rio Fortuna, Santa Rosa de Lima, São Martinho e Pedras Grandes, municípios das regiões Sul do estado e Vale do Itajaí. O registro é resultado de um estudo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em parceria com a Fiocruz e órgãos estaduais de saúde. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp Qual a diferença entre a febre amarela urbana e silvestre? A pesquisa começou após mortes e adoecimento de primatas nessas regiões durante o ciclo da doença em 2021. Segundo a bióloga Sabrina Fernandes Cardoso, responsável pelo estudo, a presença do mosquito confirma risco real de circulação do vírus no estado. “Com essa confirmação, pensamos em capturar os mosquitos para saber quais espécies estavam transmitindo”, explicou. Entre 2019 e 2021, Santa Catarina registrou 27 casos de febre amarela e oito mortes. Em 2022, houve apenas um caso, importado de outro estado. A principal recomendação é a vacinação, disponível no SUS, além do uso de roupas compridas e repelente para quem vive ou frequenta áreas de mata. 🦟Os vírus que causam a febre amarela urbana e a silvestre são exatamente os mesmos. A diferença está nos mosquitos transmissores e na forma de contágio. A febre amarela silvestre é transmitida pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes, que vivem nas matas (ou parques com matas) e na beira dos rios. A pesquisa foi em parceria com a Fiocruz Reprodução/ UFSC ⚠️Por que é um alerta? O mosquito vive em ambientes de floresta e transmite o vírus da febre amarela no ciclo silvestre. O risco maior é se uma pessoa infectada voltar para áreas urbanas e for picada pelo Aedes aegypti, iniciando um ciclo urbano, que não ocorre no Brasil desde 1942. Macacos são vítimas frequentes no ciclo silvestre, mas não transmitem a doença diretamente para humanos. A transmissão acontece sempre pela picada do mosquito infectado. ✍️O estudo A equipe coletou mais de 4 mil mosquitos entre janeiro e fevereiro de 2023. Foram identificados 91 espécimes do gênero Haemagogus leucocelaenus, sendo 22 com características semelhantes a uma espécie encontrada apenas no Acre. Santa Catarina tem 184 municípios infestados com o mosquito da dengue VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias