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Operação da Polícia Civil de SP investiga dono de refinaria considerado 'maior sonegador do Brasil', entre outros empresários

Polícia suspeita que Ricardo Magro usa empresas para sonegar ICMS em SP. Um dos alvos da operação é a Fera Lubrificantes, sediada em Guarulhos, que está em...

Operação da Polícia Civil de SP investiga dono de refinaria considerado 'maior sonegador do Brasil', entre outros empresários
Operação da Polícia Civil de SP investiga dono de refinaria considerado 'maior sonegador do Brasil', entre outros empresários (Foto: Reprodução)

Polícia suspeita que Ricardo Magro usa empresas para sonegar ICMS em SP. Um dos alvos da operação é a Fera Lubrificantes, sediada em Guarulhos, que está em nome do pai e do avô do empresário. Em nota a defesa de Magro disse que 'não há sonegação', e todos os fatos serão esclarecidos na Justiça. Ricardo Magro Reprodução/ Magro Advogados A Polícia Civil de São Paulo realizou nesta sexta-feira (13) uma operação para investigar um suposto esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Entre os investigados está o empresário Ricardo Magro, dono da refinaria Refit, apontado pela polícia como o maior sonegador de impostos do Brasil. A operação foi realizada por agentes do 10º Distrito Policial da Penha, que cumpriu mandados de busca e apreensão em seis endereços em São Paulo, Guarulhos, na região metropolitana, e Arujá, no interior. O alvo principal da operação é a Fera Lubrificantes, sediada em Guarulhos, que está em nome do pai e do avô de Ricardo Magro. Em 2016, o empresário foi investigado e preso suspeito de fazer parte de um esquema de desvio de recursos dos fundos de pensão Petros, da Petrobras, e Postalis, dos Correios, na aquisição de títulos mobiliários do Grupo Galileo. Na época, Magro era um dos sócios de Galileo. Ele foi absolvido pelo caso. Magro também foi advogado do ex-deputado Eduardo Cunha. Em nota a defesa de Magro disse que "não há sonegação, e todos os fatos serão esclarecidos na Justiça". Como começou a investigação? A investigação começou com a apreensão de um caminhão que transportava cocaína no Pari, na Zona Leste da capital. O veículo pertencia à Transportadora Rawa, que teria pago um valor suspeito para um posto de gasolina na Marginal do Tietê, do qual o dono teria negócios com Vinicius Gritzbach - delator do PCC que foi executado no dia 8 de novembro no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. O posto era investimento por lavagem de dinheiro do crime organizado. No local foi apreendido contratos com uma formuladora de combustíveis com suspeita de um esquema de carregamento sem o comprovante fiscal. A formuladora seria de Magro. Ainda segundo a polícia, somente no estado de São Paulo, Magro tem uma dívida de R$ 7,4 bilhões de ICMS. Com o estado do Rio de Janeiro, a dívida está em cerca de R$ 8,2 bilhões. O que diz o empresário? “O grupo não possui nenhuma formuladora de combustíveis, tampouco houve apreensão de documentos sem comprovantes fiscais, conforme alegado na matéria publicada. Além disso, não há nenhum vínculo entre o grupo e a transportadora mencionada na reportagem. Não há sonegação fiscal ou irregularidade por parte das empresas vinculadas ao grupo, e todos os fatos serão esclarecidos na Justiça. É de se estranhar que várias empresas mantenham relações comerciais, mas há uma seletividade em relação a Ricardo Magro. Além disso, é de se estranhar também os interesses comerciais de concorrentes dizem abastecer investigações supostamente isentas. É importante destacar que há uma clara campanha difamatória, citando casos que, inclusive, Ricardo Magro foi expressamente absolvido, e as denúncias foram arquivadas. A gravidade aumenta ao considerarmos que blogs já noticiaram o ocorrido com informações sigilosas, ainda não divulgadas pela Justiça. Isso se levanta suspeitas sobre possíveis vazamentos, que deverão ser objeto de apuração futura."

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