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Operação prende 10 suspeitos e bloqueia R$ 22 milhões em esquema de extorsão no transporte clandestino no Pará

Todos os presos foram conduzidos para a sede da DRCO, onde serão realizados os procedimentos judiciais cabíveis Ascom/PC A Polícia Civil do Pará prendeu 10 ...

Operação prende 10 suspeitos e bloqueia R$ 22 milhões em esquema de extorsão no transporte clandestino no Pará
Operação prende 10 suspeitos e bloqueia R$ 22 milhões em esquema de extorsão no transporte clandestino no Pará (Foto: Reprodução)

Todos os presos foram conduzidos para a sede da DRCO, onde serão realizados os procedimentos judiciais cabíveis Ascom/PC A Polícia Civil do Pará prendeu 10 pessoas na manhã desta quarta-feira (26) durante a operação Passe Livre, ação que mira um esquema de extorsão ligado ao transporte clandestino e investigado desde 2023. Segundo a corporação, o grupo era formado por integrantes de facção criminosa, milicianos e servidores públicos, que atuavam em conjunto para cobrar valores ilegais de motoristas de vans. A operação, coordenada pela Delegacia de Repressão às Facções Criminosas (DRFC) e pela Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão em Belém, Castanhal, Ananindeua, São Miguel do Guamá, Tracuateua, Salvaterra e também nos estados do Rio de Janeiro e Mato Grosso. “A ação foi planejada para prender faccionados e milicianos que exploravam o transporte clandestino no Pará. Já conseguimos prender 10 pessoas”, afirmou o delegado Augusto Potiguar, titular da DRCO. Bloqueio de mais de R$ 22 milhões Durante a operação, foram apreendidos cinco carros, cinco motocicletas e diversos telefones celulares que serão periciados. A Justiça também determinou o bloqueio de R$ 22.592.418,79 das contas dos investigados. Todos os presos foram conduzidos para a sede da DRCO, onde serão realizados os procedimentos judiciais cabíveis Ascom/PC Entenda o caso A investigação começou em 2023, quando um motorista denunciou ter sido alvo de extorsões praticadas por uma cooperativa de vans irregulares a mando de uma facção criminosa. O delegado Erir Ribeiro, responsável pela investigação, explicou que o esquema envolvia também servidores públicos responsáveis pela fiscalização de transporte: “Conseguimos comprovar que, além da facção extorquir os motoristas, havia servidores que deveriam coibir o transporte irregular mas, na verdade, atuavam junto aos criminosos. Se o motorista não pagasse, eles apreendiam os veículos.” Ainda segundo o delegado, a parte mais violenta da organização fazia ameaças e mandava quebrar os carros de quem resistisse. Com as provas reunidas, a Justiça autorizou o bloqueio de bens e valores e a expedição dos mandados cumpridos nesta manhã. Todos os presos foram levados para a sede da DRCO, onde passam pelos procedimentos legais. Eles devem responder por lavagem de dinheiro, extorsão, corrupção ativa e passiva e organização criminosa. A operação contou com apoio de equipes da Diretoria de Polícia Especializada (DPE), Diretoria de Polícia do Interior (DPI), CORE, Núcleo de Inteligência Policial (NIP), Divisão de Crimes Funcionais (DCRIF) e policiais civis do RJ e MT.