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Parte do teto de faculdades da USP e muro na Zona Leste desabam após temporal com granizo em SP

Parte do forro da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) desabou devido às fortes chuvas. Arquivo pessoal A chuva de granizo e ...

Parte do teto de faculdades da USP e muro na Zona Leste desabam após temporal com granizo em SP
Parte do teto de faculdades da USP e muro na Zona Leste desabam após temporal com granizo em SP (Foto: Reprodução)

Parte do forro da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) desabou devido às fortes chuvas. Arquivo pessoal A chuva de granizo e os ventos fortes que atingiram São Paulo na tarde desta segunda-feira (8) provocaram ao menos dois desabamentos: parte do forro da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) e da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), ambas da Universidade de São Paulo (USP), e um muro na região da Penha, Zona Leste da capital. Não há registro de feridos. No campus da USP, na Zona Oeste, a FEA informou que placas do forro do saguão do prédio FEA 1 foram danificadas. Vidros dos corredores da fachada também ficaram quebrados. Em nota, a unidade disse que a Divisão Administrativa está mobilizada para identificar todos os danos, adotar medidas de segurança e reorganizar eventuais atividades afetadas. Como medida preventiva, o acesso ao pavimento superior do prédio está sendo feito apenas pelas escadas, já que a rampa foi temporariamente interditada. A FEA pediu que estudantes, professores e servidores comuniquem qualquer intercorrência pelos e-mails institucionais ou telefones da administração. Na Zona Leste, um muro caiu na Rua Dr. Heladio, Vila Esperança. Uma imagem mostra parte da estrutura desabada após o temporal (veja abaixo). Técnicos fizeram uma análise preliminar e isolaram a área preventivamente e a Defesa Civil foi acionado, segundo a Secretaria Municipal de Segurança Urbana. Muro na Zona Leste desaba após temporal com granizo em SP Estado de atenção Após um fim de semana de altas temperaturas, chegando a 34ºC no domingo (8), uma forte chuva atingiu a cidade de São Paulo na tarde desta segunda-feira (8). Primeiro, as Zonas Sul e Leste da capital paulista entraram em estado de atenção para alagamentos às 12h23, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE). Depois, às 13h, as demais regiões também entraram em estado de atenção: Zona Norte, às 13h Zona Oeste, às 13h Zona Sudeste, às 13h Centro, às 13h Marginal Tietê, às 13h Marginal Pinheiros, às 13h Chuva forte na Vila Clementino, Zona Sul, tem vento e granizo Na Marginal do Rio Pinheiros, sentido Castello, na altura da Ponte Eusébio Matoso, o trecho ficou intransitável. A água também invadiu a Avenida Vinte e Três de Maio, ambos os sentidos, junto ao Viaduto Euclides Figueiredo. Por volta das 15h40, segundo dados da Enel, concessionária responsável pela distribuição de energia elétrica na Grande São Paulo, 189 mil pessoas estavam sem luz devido a danos causados pela chuva. Às 17h10, o número de pessoas sem energia ainda era de 129 mil. "Nossas equipes estão mobilizadas em campo e atuam para restabelecer o fornecimento de energia", afirmou a Enel em nota. Funcionários do CCSP correm para salvar acervo da chuva nesta segunda As fortes chuvas atingiram também o Centro Cultural São Paulo, na região central da cidade. Por lá, os funcionários tiveram que correr para cobrir o acervo (veja vídeo acima). Em Carapicuíba, na Grande São Paulo, um homem foi resgatado por policiais na Avenida Marginal do CSU. Ele ficou preso no alagamento. A Prefeitura de Carapicuíba não deu mais informações sobre o caso até a última atualização desta reportagem. O CGE registrou os seguintes pontos de alagamento: Avenida Professor Francisco Morato, Praça Paula Moreira, Avenida Conde de Frontin, Rua Joaquim Marra, Alameda Santo Amaro, Praça Dom Francisco de Sousa, Viaduto Grande São Paulo. Dia que virou noite O tempo abafado gerou áreas de instabilidade na capital paulista que atuam com forte intensidade, e de forma isolada. Por volta das 13h, o dia tinha virado noite em São Paulo. Às 13h39, a Defesa Civil emitiu alerta severo para capital paulista e região metropolitana. Ao menos os bairros da Vila Clementino, na Zona Sul da Cidade, e dos Jardins, na Zona Oeste, registraram queda de granizo. Às 15h, o CGE encerrou o estado de atenção em todas as regiões. Queda de muro na Penha durante a chuva Venha Que Sou da Penha/Reprodução Defesa Civil emite alerta severo para tempestades nesta segunda Reprodução Anhaia Mello nesta segunda (8) Reprodução Acesso da Marginal Pinheiros para a Rua Alvarenga ficou alagado A chuva provocou forte correnteza em uma rua na Vila Mariana, região Centro-Sul da capital: Rua na região da Vila Mariana fica alagada Um carro quase ficou submerso pela água na região da Avenida Anhaia Mello. A cena foi registrada por pessoas que estavam ilhadas dentro de um ônibus coletivo: Carro ilhado na Avenida Anhaia Mello durante chuva nesta segunda (8) A Defesa Civil emitiu ainda um alerta de chuva forte para o estado todo, que vai começar a valer a partir desta tarde e com duração até terça-feira (9) por causa da formação de um ciclone extratropical na Região Sul. (Entenda mais abaixo.) O alerta de perigo é para praticamente todo o estado, com previsão de chuva forte e ventania, chance de granizo e risco. Esse sistema deve influenciar diretamente o clima em São Paulo, trazendo chuva volumosa, rajadas de vento muito fortes e possibilidade de queda de raios e granizo em todas as regiões do estado. Na terça-feira (09), a expectativa é de chuva forte e volumosa em praticamente todo o estado, com volumes mais altos nas regiões que fazem divisa com o Paraná, na área central e na faixa leste, que inclui regiões metropolitanas e o litoral. A combinação de chuva intensa e solo encharcado pode provocar alagamentos, enxurradas e deslizamentos, especialmente em áreas mais vulneráveis. Na quarta-feira (10), a atenção se volta para o vento, que deve ganhar força. As rajadas podem ser muito intensas na faixa leste do estado, com possibilidade de ultrapassar os 90 km/h. Esse tipo de vento aumenta o risco de queda de árvores, galhos e estruturas frágeis, além de poder causar interrupções temporárias no fornecimento de energia. A partir de quinta-feira (11), o ciclone começa a se afastar e o risco de temporais diminui bastante. Mesmo assim, ainda pode haver rajadas de vento isoladas em regiões como Campinas, Região Metropolitana de São Paulo, Baixada Santista e Vale do Paraíba. Durante o período do alerta, os acumulados de chuva atingirão os seguintes níveis: Muito alto Serra da Mantiqueira Alto Vale do Ribeira Regiões de Itapeva, Campinas e Sorocaba Litoral Norte e Baixada Santista Regiões de São José dos Campos, Presidente Prudente, Marília, Bauru e Araraquara Região Metropolitana da Capital Paulista Médio Regiões de São José do Rio Preto, Araçatuba, Franca, Barretos e Ribeirão Preto Com isso, o gabinete de crise será ativado. A partir das 8h desta terça-feira (09), as lideranças das concessionárias de energia, Corpo de Bombeiros, Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Fundo Social do Estado de SP, SABESP, ARTESP e ARSESP estarão reunidas no Centro de Gerenciamento de Emergências da Defesa Civil (CGE). O gabinete tem a finalidade de otimizar a gestão da emergência e reduzir o tempo de resposta diante de ocorrências. No domingo, os termômetros chegaram perto dos 34ºC. E, nesta segunda, a previsão é de 31ºC de máxima, mas com sensação térmica de 34ºC. SP tem previsão de chuva forte nesta segunda-feira Ciclone extratropical Ciclone extratropical em formação deve mudar o tempo no Sul; confira previsão Um novo ciclone extratropical em formação entre segunda (8) e terça-feira (9) deve mudar o tempo no Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste e colocar milhões de pessoas em alerta para temporais, ventania intensa e ondas fortes. O sistema, descrito pela Climatempo como de forte intensidade, deve apresentar pressão atmosférica abaixo de 1.000 hPa — condição que costuma potencializar tempestades severas e rajadas acima de 100 km/h. A partir de quarta (10), quando o ciclone já estará totalmente organizado e avançando para alto-mar na altura do litoral gaúcho, rajadas entre 90 km/h e 120 km/h podem atingir áreas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, sobretudo regiões serranas e litorâneas. O sistema também deve impactar São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, embora o centro do ciclone não avance sobre essas regiões — ele se forma no Sul e se desloca para o oceano na costa gaúcha. Raios em noite de ciclone extratropical no litoral de São Paulo Rodolfo Bonafim Como o ciclone se forma e por que será intenso O ciclone extratropical nasce a partir da intensificação de uma área de baixa pressão entre o sul do Paraguai, o nordeste da Argentina e o Rio Grande do Sul, na tarde e noite desta segunda-feira. Na madrugada de terça, o sistema se organiza completamente e cruza o território gaúcho de oeste para leste, alcançando a região de Porto Alegre até a noite. A pressão atmosférica muito baixa é um dos fatores que turbina as rajadas de vento e facilita a formação de nuvens do tipo cumulonimbus, responsáveis por temporais, raios, granizo e microexplosões. Em episódios assim, não é descartada a ocorrência de rajadas destrutivas associadas a tornados. Passagem de último ciclone extratropical causou estragos em cidades do Rio Grande do Sul Duda Fortes/Agência RBS Principais riscos O avanço do ciclone e da frente fria associada deve provocar: Ventos de 90 km/h a 120 km/h no Sul do país Chuva forte em curto período, com risco de alagamentos Granizo localizado Ondas altas e mar agitado, especialmente no RS e SC Raios frequentes e instabilidade duradoura Possibilidade de queda de energia e danos em estruturas Onde o impacto será maior Sul É a região mais afetada. Rio Grande do Sul: temporais já desde a madrugada de terça-feira, especialmente na Grande Porto Alegre. A quarta deve ser o dia mais crítico para ventania. Santa Catarina: instabilidade forte entre 9 e 10 de dezembro, com risco elevado de chuva intensa e ventos muito fortes. Paraná: terça-feira instável e rajadas mais frequentes na quarta. Sudeste Embora o ciclone não avance sobre a região, seus efeitos atingem: São Paulo: aumento do vento já na terça e rajadas mais intensas na quarta-feira. Risco maior no litoral, Grande SP e Serra do Mar. Rio de Janeiro: ventos fortes no centro-sul fluminense, incluindo Grande Rio e Serrana. Minas Gerais: instabilidade no Sul de Minas, Zona da Mata, Triângulo e Grande BH. O risco é menor que no Sul, mas a combinação de umidade, frente fria e ventania pode gerar temporais isolados. Centro-Oeste Mato Grosso do Sul: será o estado mais atingido na região, com rajadas moderadas já na segunda e potencial para ventos fortes na terça-feira. Mato Grosso e Goiás também podem sentir aumento de instabilidade, mas com menor intensidade. Quando o ciclone se afasta A expectativa é que o centro do ciclone alcance o mar no litoral do Rio Grande do Sul entre a madrugada e a manhã de quarta-feira. Depois disso, ele deve seguir para alto-mar, se afastando gradualmente do Brasil ao longo da quinta-feira (11). Mesmo em afastamento, o sistema continuará alimentando ventos fortes e mar agitado nas áreas costeiras do Sul. Orientações de segurança Defesa Civil e climatologistas recomendam: Evitar áreas costeiras e mar aberto durante o pico do sistema. Não se abrigar sob árvores nem aproximar-se de redes elétricas durante tempestades. Reforçar telhados e remover objetos soltos que possam ser arremessados pelo vento. Acompanhar alertas locais, que podem indicar evacuação preventiva em áreas de risco. O que esperar nos próximos dias Com o afastamento do ciclone, o tempo deve estabilizar gradualmente no Sul a partir de quinta (11), enquanto o Sudeste deve seguir com instabilidade pontual e temperaturas mais amenas. No Centro-Oeste, o calor retorna, mas com pancadas isoladas. Dezembro costuma registrar formação de sistemas severos, mas a intensidade prevista desta vez exige monitoramento constante.