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Peru ou lombo na ceia de Natal? Veja a melhor escolha para fugir do excesso de calorias

Peru e lombo têm propriedades nutricionais diferentes. Freepik Na ceia de Natal, a disputa entre peru e lombo costuma ser decidida pela tradição ou pelo pala...

Peru ou lombo na ceia de Natal? Veja a melhor escolha para fugir do excesso de calorias
Peru ou lombo na ceia de Natal? Veja a melhor escolha para fugir do excesso de calorias (Foto: Reprodução)

Peru e lombo têm propriedades nutricionais diferentes. Freepik Na ceia de Natal, a disputa entre peru e lombo costuma ser decidida pela tradição ou pelo paladar. Mas, do ponto de vista nutricional, essa escolha pode influenciar (e muito!) o consumo de calorias, gordura e sódio da noite, especialmente para quem tenta controlar o peso ou convive com condições como colesterol alto e diabetes. Embora as duas carnes possam fazer parte de uma alimentação equilibrada, elas não são equivalentes, segundo a nutricionista Katia Araújo, do Hospital Santa Paula, da Rede Américas. “O peru é uma carne branca, naturalmente mais magra e com menos gordura saturada. O lombo é um dos cortes mais magros do porco, mas ainda é carne vermelha, com teor de gordura e colesterol geralmente maior”, afirma. Peru: carne branca, mais magra (quando bem preparada) Em condições semelhantes de preparo, o peru tende a levar vantagem nutricional. O peito de peru assado sem pele tem menor densidade calórica e menos gordura saturada, o que favorece quem busca uma ceia mais leve. Nutricionista da Clínica Viver Bem Mais e mestre em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP), Beatriz Lugli explica que essa diferença está principalmente na composição da carne. “O peru costuma ter menor teor de gordura total e saturada e, consequentemente, menor valor energético”, afirma. O principal ponto de atenção é justamente a pele, onde se concentra grande parte da gordura. Retirá-la reduz de forma significativa o impacto calórico da refeição, segundo as especialistas — sobretudo para quem precisa controlar o peso ou o colesterol. Mas essa vantagem do peru não é automática. Para a nutricionista Gisele Vieira, integrante do Comitê Científico do Instituto Vencer o Câncer, quando analisados de forma isolada e preparados de maneira simples, peru e lombo são mais parecidos do que diferentes. “Em linhas gerais, tanto o peru quanto o lombo suíno têm quantidades muito próximas de calorias, proteínas e gorduras. São proteínas de alto valor biológico, bem aproveitadas pelo organismo”, explica. Gisele detalha que, quando comparados crus ou assados, sem temperos industrializados, ambas as carnes podem ser consideradas escolhas saudáveis. peru Freepik Lombo: corte magro, mas com armadilhas O lombo suíno costuma ser visto como uma carne magra — e, de fato, é um dos cortes com menor teor de gordura do porco. Ainda assim, isso não vale para toda carne suína. “Cortes como pernil, costela e bisteca têm teor de gordura bem mais elevado. O lombo e o filé suíno são exceções mais magras”, explica Gisele. O problema, segundo as nutricionistas, está menos na carne e mais no que se adiciona a ela. Molhos à base de açúcar, manteiga, frutas em calda ou o uso de bacon no preparo elevam rapidamente o valor calórico, tanto no lombo quanto no peru. “A forma de preparo pode inverter completamente a escolha”, reforça Beatriz Lugli. “Um peru recheado, com manteiga e molhos cremosos, pode se tornar mais calórico do que um lombo simples, assado e temperado apenas com ervas.” Lombo de porco Freepik Industrializados: o ponto mais crítico da ceia Outro consenso entre as especialistas envolve os produtos industrializados e já temperados, muito comuns nesta época do ano. Peru e lombo prontos para assar costumam concentrar altos teores de sódio, além de gordura, açúcar e aditivos. “Os temperos industriais têm muito mais sal do que usamos em casa, além de conservantes e realçadores de sabor”, alerta Gisele Vieira. A recomendação é priorizar versões frescas ou apenas congeladas, com lista curta de ingredientes, e temperar em casa com alho, cebola, ervas naturais e pouco sal. Mesmo com uma boa escolha de proteína, o equilíbrio da ceia pode se perder nos acompanhamentos. Farofas carregadas de gordura, arroz com embutidos, maionese e sobremesas em excesso costumam ter impacto calórico maior do que a própria carne. “A carne certa com acompanhamentos exagerados perde o benefício”, resume Katia Araújo, nutricionista do Hospital Santa Paula, da Rede Américas. Quanto colocar no prato Como referência prática, as especialistas indicam porções entre 100 e 150 gramas para quem busca mais controle calórico. Em preparos simples, sem gordura adicionada, essa quantidade pode chegar a 150 ou até 200 gramas, avalia Gisele Vieira, já que se trata de carnes ricas em proteína, vitaminas e minerais importantes para o metabolismo. Tender é prato típico do Natal Divulgação Ranking das carnes da ceia: da escolha mais leve à mais pesada Considerando teor de gordura total e saturada, grau de processamento, teor de sódio e o preparo mais comum nas ceias brasileiras, as nutricionistas ouvidas pelo g1 indicam a seguinte ordem: Peru assado, sem pele e sem molhos. A opção mais favorável no conjunto: carne branca, alto teor de proteína e menor densidade calórica quando preparada de forma simples. Lombo suíno fresco, assado ou grelhado. Um dos cortes mais magros do porco. Pode ter valor calórico próximo ao do peru quando não há gordura, açúcar ou molhos no preparo. Chester. Geralmente mais gorduroso que o peru e mais processado, perde pontos pelo teor de gordura e sódio, embora possa entrar na ceia com moderação. Tender. Carne suína processada, com alto teor de sódio e, muitas vezes, açúcar adicionado — impacto maior para pressão arterial e retenção de líquidos. Pernil suíno. Corte naturalmente mais gorduroso, especialmente quando servido com pele e em preparações tradicionais. Carnes muito processadas ou defumadas. Presunto, embutidos e bacon ficam no fim da lista, por concentrarem mais gordura saturada, sódio e aditivos. Vai ter peru na ceia? Itens da festa de final de ano, como peru e lombo, tiveram alta