Postos de vigilância são instalados no Parque Ibirapuera após casos de agressão contra mulheres
Frequentadores no Parque do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo. RENATO S. CERQUEIRA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO O Parque Ibirapuera, na Zona Sul de São Pau...

Frequentadores no Parque do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo. RENATO S. CERQUEIRA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO O Parque Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo, recebeu postos fixos de vigilância após os casos de agressão contra mulheres. Nas últimas semanas, frequentadoras relataram que foram empurradas, hostilizadas e até agredidas em disputas por espaço nas pistas de corrida. Maior parque da cidade de São Paulo, o Ibirapuera é um dos principais espaços de lazer e prática esportiva. ✅ Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp Em comunicado publicado nas redes sociais, a concessionária Urbia, responsável pela administração do parque, informou que os postos foram instalados em locais estratégicos. Para evitar os episódios de agressão, o parque também conta com rondas feitas com bicicletas, motos e carros, além de 248 câmeras instaladas pelo parque para monitoramento 24 horas por dia. O sistema é integrado às forças policiais responsáveis pela segurança pública do parque, segundo a Urbia. Veja o que se sabe e o que ainda falta ser esclarecido: O que aconteceu? Mulheres relatam agressões em disputa por espaço em pistas do Ibirapuera. Nas últimas semanas, mulheres têm denunciado nas redes sociais episódios de agressão dentro do Parque Ibirapuera. Os casos acontecem, principalmente, na pista de corrida do parque. À TV Globo, a publicitária Michelly Felipe, por exemplo, contou que já foi alvo de violência. “Eu já fui empurrada. Além de constrangedor, é uma violência contra a gente. Eu tinha a ilusão de que o parque seria um ambiente mais tranquilo para a prática esportiva”, afirmou. A advogada Monique Sandy, que corre cinco quilômetros todos os dias no Parque Ibirapuera, relatou que já presenciou uma agressão contra uma mulher. “Fico chateada porque quase sempre são as mulheres que estão envolvidas, afirma. Agressores foram identificados? Até a última atualização da reportagem, os agressores não foram identificados. Em geral, após a agressão, as vítimas interrompem a atividade, enquanto os agressores continuam correndo, o que dificulta a identificação. Registrar um boletim de ocorrência é fundamental para que a polícia possa dar início às investigações. Polícia investiga os casos? Movimentação de visitantes no Parque do Ibirapuera, na zona sul da cidade de São Paulo. RENATO S. CERQUEIRA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que não localizou nenhum boletim de ocorrência sobre as agressões relatadas no parque. Porém, a pasta disse que reforçou a segurança no entorno do parque. A Secretaria Municipal de Segurança Urbana também afirmou que não recebeu denúncias sobre o assunto. Como denunciar? Caso presencie qualquer atitude suspeita ou seja vítima de violência e assédio, procure imediatamente a Guarda Civil Metropolitana, responsável pela segurança do parque, para registrar a ocorrência. Há postos da GCM espalhados pelo parque. Em caso de agressões físicas ou ameaças, é possível registrar um boletim de ocorrência em qualquer delegacia da cidade ou pela delegacia eletrônica. O registro é fundamental para a polícia poder investigar os casos. A denúncia também pode ser feita no canal Alô Urbia, da concessionária que administra o parque, disponível no site da empresa. O que diz a administração do parque? A Urbia, responsável pela administração do Parque Ibirapuera, se manifestou nas redes sociais após receber denúncias de agressões contra mulheres. “Recentemente, fatos inaceitáveis foram registrados dentro do Parque. Casos de violência contra mulheres que revelam, mais uma vez, o desrespeito que ainda persiste em nossa sociedade. O Parque Ibirapuera é um espaço público e plural, e deve ser seguro para todas as pessoas, principalmente para as mulheres”, publicou. A violência não pode ser silenciada. Denunciar é um ato de coragem e é o primeiro passo para romper o ciclo de agressão, escreveu.