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Prefeituras do AC são alvos de operação que investiga fraude em licitações e lavagem de dinheiro

Operação da PF investiga fraude em licitações no Acre Asscom/PF-AC As prefeituras de Assis Brasil, Plácido de Castro e Senador Guiomard, interior do Acre, ...

Prefeituras do AC são alvos de operação que investiga fraude em licitações e lavagem de dinheiro
Prefeituras do AC são alvos de operação que investiga fraude em licitações e lavagem de dinheiro (Foto: Reprodução)

Operação da PF investiga fraude em licitações no Acre Asscom/PF-AC As prefeituras de Assis Brasil, Plácido de Castro e Senador Guiomard, interior do Acre, são alvos de uma operação da Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal (PF) que investiga fraudes em licitações, superfaturamento de obras públicas, uso de empresas de fachada e lavagem de dinheiro. Os crimes envolvem dinheiro federal enviado para vários municípios do Acre. Sete mandados de busca e apreensão, sendo quatro em Rio Branco e três em Plácido de Castro, Assis Brasil e Senador Guiomard, foram cumpridos na manhã desta quarta-feira (3). 📲 Participe do canal do g1 AC no WhatsApp As prefeituras de Assis Brasil, de Rio Branco e Plácido de Castro já se posicionaram sobre a operação. A gestão de Assis Brasil negou irregularidades e informou que entregou todas as documentações solicitadas pelos órgãos. A prefeitura da capital alegou que não é um dos alvos da operação. O prefeito de Plácido de Castro, Camilo da Silva, afirmou que os crimes não 'têm nada a ver com a atual gestão e toda a documentação solicitada foi entregue. (Confira as notas abaixo) O g1 fez contato com a assessoria de comunicação a Prefeitura de Senador Guiomard e aguarda retorno. Os órgão começaram a investigação em fevereiro de 2025, após levantamentos feitos pela CGU. As investigações indicam que o grupo investigado teria manipulado contratações custeadas com recursos federais, entre eles emendas parlamentares, o que teria causado um prejuízo estimado em R$ 3,3 milhões. Marcos Nascimento, delegado de Polícia Federal que atuou na operação, explicou que foram apreendidos cerca de R$ 120 mil em espécie, diversas mídias, celulares, notebook e documentação nesta quarta. Ele destacou que essa é a primeira fase da Operação Dilapsio. "A partir dessa documentação, dessas mídias, após a perícia, vamos aprofundar a investigação e tentar identificar possíveis novos empresários, novos envolvidos, se houve, de fato envolvimento de agentes, públicos e dar seguimento", disse. Ata de registro de preço Segundo a PF-AC, as irregularidades investigadas envolvem adesão à ata de registro de preços da Prefeitura de Rio Branco pelos outros três municípios. As investigações iniciaram quando a CGU identificou uma ata de registro de preço da Prefeitura de Rio Branco que foi utilizada pelas prefeituras de Senador Guiomard, Plácido de Castro e Assis Brasil para dar iniciar processos licitatórios. "Identificamos um grupo econômico, formado a princípio com três empresas, sendo duas aparentemente de fachada, sob controle de um agente público do município de Rio Branco, que teria forjado toda essa estrutura para poder beneficiar uma dessas empresas nessas três prefeituras", explicou o delegado. Marcos Nascimento detalhou destacou que as buscas se concentraram nos empresários e nas empresas nesse primeiro momento. Com relação as prefeitura citadas, o objetivo foi arrecadar toda a documentação usada no procedimento licitatório. "Foram bloqueados cerca de R$ 3,3 milhões do grupo e vamos tentar dar continuidade e proceguir com as investigações para saber a verdade dos fatos", finalizou. Empresa do Asfalta Rio Branco O superintendente da Controladoria-Geral da União (CGU), Nilo Lima, afirmou que foi identificado um padrão de contratação a atas de registro de preço do Programa Asfalta Rio Branco para beneficiar o grupo criminoso. O objetivo, segundo as investigações, era fazer as contratações com as atas de registro de preços com valores fraudulentos. "Essas adesões seguiram um padrão para beneficiar as empresas em cotação de preço para dar uma aparência de valor nas contratações efetuadas. As constatações da CGU evidenciaram um prejuízo de mais de R$ 3 milhões, que já foi autorizado um bloqueio para ressarcimento ao erário", complementou. Também foram encontradas evidências de uso de documentação falsa para comprovar qualificação técnica de uma das empresas envolvidas. Denúncias A CGU divulgou que as denúncias sobre essa operação ou outras irregularidades podem ser feitas à Ouvidoria-Geral da União por meio da plataforma Fala.BR. As denúncias podem ser feitas de forma anônima, com a seleção da opção “Não identificado”. Nota à imprensa Assis Brasil "A Prefeitura Municipal de Assis Brasil, por meio do prefeito Jerry Correia, vem a público esclarecer os fatos relacionados à operação realizada na manhã de hoje pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU). Todas as documentações solicitadas pelos órgãos de controle foram integralmente entregues no momento da ação, reforçando a postura de total colaboração e transparência da gestão municipal. O processo objeto da investigação refere-se a uma adesão à Ata de Registro de Preços proveniente da Prefeitura de Rio Branco, procedimento amplamente previsto na legislação e rotineiramente adotado por diversos entes da administração pública. Todo o trâmite administrativo para adesão foi realizado em conformidade com a Lei nº 14.133/2021, seguindo rigorosamente as normas que regem as contratações públicas no país. Destacamos que os preços praticados estavam compatíveis com os valores de mercado, conforme demonstrado na análise documental. Todo o procedimento foi devidamente inserido no sistema LINCON e passou pela apreciação do Tribunal de Contas do Estado (TCE/AC), cumprindo todas as etapas formais exigidas pelos órgãos de controle externo. Ressaltamos ainda que a execução do objeto contratado foi acompanhada de perto pelo engenheiro fiscal do município, garantindo a regularidade, a conformidade técnica e a efetiva prestação dos serviços. A gestão municipal sempre pautou sua atuação pela ética, transparência, moralidade, lisura e respeito absoluto aos princípios que regem a Administração Pública. Confiamos plenamente na Justiça e permaneceremos colaborando com todas as investigações. Reafirmamos nosso compromisso com a verdade e temos convicção de que, ao final da análise técnica e jurídica, ficará comprovado que todo o processo conduzido pelo Município de Assis Brasil seguiu seu trâmite normal, de maneira regular, responsável e íntegra, em total respeito ao patrimônio público. Prefeitura Municipal, Gabinete do Prefeito Jerry Correia" Prefeitura de Rio Branco "A Prefeitura de Rio Branco acompanha com atenção as apurações realizadas pela Polícia Federal e pela Controladoria‑Geral da União e informa que não é alvo da Operação Dilapsio, que investiga possíveis irregularidades em processos licitatórios envolvendo municípios do Acre. Esclarecemos que a ata de registro de preços eventualmente mencionada nas investigações refere-se a obras realizadas com recursos próprios da Prefeitura de Rio Branco; e o que estão sendo investigados são contratos financiados com verbas federais. Dessa forma, a Prefeitura de Rio Branco não está vinculada aos objetos da investigação. A Prefeitura reitera seu compromisso com a transparência e a probidade administrativa. Coloca-se à inteira disposição dos órgãos competentes para prestar todos os esclarecimentos necessários. Reafirma, ainda, que os contratos resultantes da referida ata são acompanhados continuamente, com fiscalização e validação pelas instâncias responsáveis. Prefeitura Municipal de Rio Branco" Prefeitura de Plácido de Castro Essa operação investiga o contrato 241/2020 e o contrato162 /2020, de quando eu ainda não era prefeito. Não tem nada a ver com a atual gestão. Toda a documentação solicitada foi entregue. Camilo da Silva prefeito de Plácido de Castro VÍDEOS: g1 E