Sogro de 10º suspeito preso por execução de ex-delegado presta depoimento e também é detido
Delegado Ruy Ferraz Fontes é executado a tiros em Praia Grande, SP O sogro do décimo suspeito preso por envolvimento no assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz ...
Delegado Ruy Ferraz Fontes é executado a tiros em Praia Grande, SP O sogro do décimo suspeito preso por envolvimento no assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes em Praia Grande, no litoral de São Paulo, foi detido após prestar um depoimento sobre o caso como testemunha. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), os policiais encontraram um mandado de prisão em aberto por não pagamento de pensão alimentícia. Ruy foi morto no dia 15 de setembro após deixar o expediente como secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande, onde trabalhava desde a aposentadoria como policial. Ele levou ao menos 12 tiros de fuzil. ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. O décimo preso, Marcos Augusto Rodrigues Cardoso, de 36 anos, foi capturado na capital paulista na última segunda-feira (3). Conhecido como Penélope ou Fiel, ele é apontado como integrante do PCC e suspeito de estar no Logan branco que participou da perseguição ao ex-delegado. A SSP-SP informou que mandados de busca e apreensão foram cumpridos em desdobramento da prisão de Penélope. Por este motivo, o sogro do suspeito foi ouvido como testemunha na sede do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), em São Paulo, na terça-feira (4). Ainda segundo a secretaria, o depoimento do homem tinha como objetivo prestar esclarecimentos e colaborar com as investigações. Ele seria liberado após ser ouvido, mas acabou permanecendo preso por não ter pago pensão alimentícia. Marcos Augusto Rodrigues Cardoso, de 36 anos, foi o décimo suspeito preso por envolvimento no assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes em Praia Grande, SP Divulgação e Prefeitura de Praia Grande Confira abaixo os demais presos até agora: Willian Silva Marques: dono da casa em Praia Grande de onde teria saído um fuzil que pode ter sido usado no crime, preso na madrugada de 21 de setembro; Dahesly Oliveira Pires: foi presa em 18 de setembro por suspeita de ser a mulher que foi buscar o fuzil na Baixada Santista; Luiz Henrique Santos Batista: conhecido como Fofão, está envolvido, segundo a polícia, na logística da morte do ex-delegado. Ele teria dado carona para que um dos criminosos fugisse da cena do crime e foi preso em 19 de setembro. Rafael Marcell Dias Simões: conhecido como Jaguar, se entregou à polícia em 20 de setembro, em São Vicente (SP). Felipe Avelino da Silva: conhecido no PCC como Mascherano, teve o DNA encontrado em um dos carros usados no crime; preso em Cotia em 6 de outubro. Danilo Pereira Pena: aos 36 anos, é conhecido como Matemático. Ele que teria mandado Luiz Henrique Santos Batista levar Jaguar de São Vicente a São Paulo. Cristiano Alves da Silva: conhecido como Cris Brow, tem 36 anos. José Nilton: acusado de ser um dos atiradores. O homem, de 47 anos, foi visto numa das casas que serviu de logística para o assassinato, na noite do crime. Paulo Henrique Caetano Sales (PH): tem 38 anos e é proprietário de uma das quatro casas de Praia Grande utilizadas pelos criminosos que executaram Ruy Ferraz, segundo o DHPP. Marcos Augusto Rodrigues Cardoso: apelidado de Penélope ou Fiel, de 36 anos. Integrante do carro branco Logan que participou do crime. Polícia diz que ele chamou os executores que atiraram no ex-delegado-geral de SP. Outras duas pessoas foram identificadas e estão foragidas: Flávio Henrique Ferreira de Souza: teve o DNA encontrado em um dos carros; Luis Antonio Rodrigues de Miranda: é procurado por suspeita de ter ordenado que uma mulher fosse buscar um dos fuzis usados no crime. Um dos suspeitos foi morto: Umberto Alberto Gomes era procurado após a corporação encontrar digitais em uma casa que teria sido usada pelos criminosos em Mongaguá. Ele morreu em confronto com equipes da Polícia Civil do Paraná em 30 de setembro. Investigação Entenda o que se sabe sobre a execução do delegado Ruy Ferraz Fontes As autoridades confirmaram a ligação do PCC com o crime. Nos mais de 40 anos que passou na Polícia Civil, Ruy teve papel central no combate ao crime organizado e liderou investigações sobre a facção. O ex-delegado se aposentou em 2023, mas as ameaças de morte contra ele continuaram. Um relatório de 2024, a que o Fantástico teve acesso, detalhava planos de atentados contra autoridades. Além de vingança do crime organizado, outra hipótese para o assassinato seria a atuação dele à frente da secretaria. Ex-delegado era monitorado Assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes completa um mês; investigações continuam O sistema de câmeras de segurança da Prefeitura de Praia Grande identificou que Ruy vinha sendo monitorado pelos criminosos havia mais de um mês. Um dos veículos usados no crime foi flagrado no litoral paulista no dia 18 de agosto. Além desse veículo, um carro e uma caminhonete também foram utilizados no crime. A caminhonete foi encontrada incendiada, mas o carro foi localizado e passou por perícia para coleta de impressões digitais. A Polícia Civil identificou que o grupo responsável pelo ataque usou casas alugadas. O primeiro imóvel investigado por ter ligação com os criminosos é uma residência em Praia Grande. O outro fica em Mongaguá (SP) e também passou por perícia. Casa em Mongaguá teria sido usada por criminosos que mataram o ex-delegado Ruy Ferraz Fontes João Pedro Bezerra/g1 Segundo o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, Rafael Simões, o Jaguar, foi um dos atiradores. Os advogados Abraão Martins e Adonirã Correia, no entanto, negaram a participação dele. Um vídeo flagrou Jaguar buscando a filha em uma escola de Santos no dia do crime. Outro atirador, ainda de acordo com Derrite, seria Umberto Gomes - morto em confronto policial. Nas imagens do crime, ao menos quatro suspeitos estavam no carro que perseguiu Ruy Ferraz, mas as autoridades não informaram se foram identificados. VÍDEOS: g1 em 1 minuto Santos