Suspeito de participar da morte do tio administrava da Bahia mercado em São Paulo enquanto estava foragido
Empresário de Jardinópolis, SP, suspeito de matar irmão fala pela primeira vez após prisão Suspeito de envolvimento na morte do tio, Bruno Orioli administr...

Empresário de Jardinópolis, SP, suspeito de matar irmão fala pela primeira vez após prisão Suspeito de envolvimento na morte do tio, Bruno Orioli administrou um mercado da família no estado de São Paulo enquanto esteve foragido na Bahia. Bruno, o pai dele, Carlos Alberto Orioli Salomão, e um funcionário da família, Wagner Queiroz dos Nascimento, foram presos na manhã de quarta-feira (20), em Jacobina (BA). 📱 Siga o g1 Ribeirão Preto e Franca no Instagram Eles eram procurados pela Justiça há nove meses por suspeita de participação na morte de Rogério Salomão e a advogada dele, Lilian Cláudia Jorge. O crime aconteceu no dia 30 de outubro do ano passado, em Jardinópolis (SP), e pode ter sido motivado por uma disputa por herança. Em audiência de custódia, Bruno detalhou como foi a prisão e demonstrou preocupação em perder o celular que usava para trabalhar. A prisão foi tranquila. Os policiais chegaram, eu estava dormindo, pediram para sair do quarto, eu saí. Só tem a relação do celular. Eu tinha dois celulares, porque usava para trabalhar. Mesmo daqui [Bahia], eu controlava uma das empresas em São Paulo. Por esse telefone, eu tinha acesso a banco, ao sistema do supermercado, eu administro o supermercado da minha mãe também. Tenente pediu a senha do telefone, eu passei, ele acessou os sistemas do mercado e foi me fazendo perguntas. Fiquei preocupado em perder o celular, disse. Na audiência, a Justiça manteve a prisão dos três suspeitos. Bruno Orioli é suspeito de envolvimento na morte do tio, em Jardinópolis, SP Reprodução/EPTV LEIA TAMBÉM Polícia prende irmão e sobrinho de empresário morto por causa de herança no interior de SP Suspeito preso na Bahia nega participação na morte de tio, diz advogado Empresário e advogada são mortos a tiros em Jardinópolis Suspeito nega participação Segundo o advogado Daniel Rondi, no dia e na hora do crime, Bruno discutia com a defesa se poderia assinar um documento que Lilian havia pedido. No momento dos disparos, ainda segundo o advogado, Bruno estava com o corretor em frente ao galpão onde os assassinatos aconteceram. No tempo e no momento da alegada emboscada, o Bruno está tratando se pode ou não assinar o documento. Você observa o tom de voz do Bruno que é um tom pacífico, não é o tom de quem está ali para cometer o crime. O que acontece? Ele, Bruno, estava tratando exatamente da entrega efetiva dessa chave e, no momento dos disparos, não estava no palco de onde aconteceram os disparos. Ele estava com o corretor na frente do imóvel. À EPTV, afiliada da TV Globo, Rondi disse que, assim que ouviu o primeiro disparo, Bruno voltou para o imóvel, porque achou que o pai tinha sido baleado. O advogado também informou que não deve pedir a transferência dele, que foi preso na Bahia, para São Paulo. No momento que ele ouve o disparo, o primeiro disparo, sim, ele corre de encontro ao pai, temendo pela vida do pai, porque a família já vinha em um estado beligerante de ameaça entre os irmãos. Advogado de defesa de Carlos e Wagner, Marcelo Dentello disse que pretende solicitar a transferência dos clientes para cá. Carlos Salomão, Bruno Orioli e Wagner Queiroz, suspeitos de envolvimento na morte do empresário Rogério Salomão, em Jardinópolis (SP) Reprodução/EPTV O crime Rogério e a advogada foram mortos na manhã de 30 de outubro de 2024, em um galpão que pertenceu ao pai, localizado na Vila Reis, em Jardinópolis. O imóvel passou para o filho e os irmãos após a morte do empresário, em 2022, e se tornou alvo de disputas por herança. De acordo com o boletim de ocorrência registrado à época, Rogério estava no local para receber de Carlos a chave do galpão e firmar termos de entrega do imóvel e de vistoria de saída. No entanto, por volta das 10h30, Rogério e Lilian foram baleados por, pelo menos, 15 disparos. Segundo a polícia, indícios no local apontaram que o crime ocorreu em um compartimento localizado nos fundos do imóvel. As vítimas chegaram a ser socorridas e levadas ao Pronto-Socorro central, mas não resistiram aos ferimentos. Galpão de supermercado onde empresário e advogada foram mortos em Jardinópolis, SP Jefferson Neves/EPTV e arquivo pessoal As mortes ocorreram em meio a uma disputa entre os irmãos pela herança deixada pelo pai, dono de uma rede de supermercados. Segundo o delegado responsável pelas investigações, Sebastião Vicente Picinato, a briga era marcada por ameaças dos envolvidos. Antes dos assassinatos, Carlos - que era irmão de Rogério apenas por parte do pai - estava prestes a entregar as chaves do galpão, que pertencia a Rogério. Em outra questão de herança familiar, Carlos entrou com uma ação contra Rogério por conta de outro imóvel da família que não teria entrado no inventário. Investigação O galpão foi periciado por agentes, que encontraram dezenas de cápsulas de armas calibre 9 milímetros e 380, além de marcas de sangue a cerca de quatro metros de distância de onde as vítimas teriam sido alvejadas. Perto de onde Lilian foi baleada, sobre uma estrutura de concreto, os peritos encontraram e apreenderam documentos - Termo de Entrega de Chaves de Imóvel Comercial e Termo de Vistoria de Saída - que não tinham nenhuma assinatura. De acordo com o registro da Polícia Civil, também foram obtidas imagens de câmeras de segurança do entorno do galpão. Galpão de supermercado desativado onde duas pessoas foram mortas em Jardinópolis, SP Patrícia Bonelli/EPTV Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região