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Time de futebol comunitário na região da Sapopemba aposta no esporte para tirar jovens da criminalidade

Criado há cerca de um ano, o Resgate FC conta com 92 alunos e alunas entre 6 e 18 anos. Para 2025, o objetivo é avançar para além do futebol, conseguir mais...

Time de futebol comunitário na região da Sapopemba aposta no esporte para tirar jovens da criminalidade
Time de futebol comunitário na região da Sapopemba aposta no esporte para tirar jovens da criminalidade (Foto: Reprodução)

Criado há cerca de um ano, o Resgate FC conta com 92 alunos e alunas entre 6 e 18 anos. Para 2025, o objetivo é avançar para além do futebol, conseguir mais dias de treinos e arrecadar dinheiro para equipamentos e uniformes. Time do Resgate FC Arquivo Pessoal/PC Um clube de futebol comunitário na região da Sapopemba, na Zona Sul de São Paulo, vê no esporte uma forma de afastar os jovens da criminalidade. Em outubro de 2024, o Resgate FC completou um ano com 92 alunos e alunas de 6 a 18 anos. ✅ Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp O time foi fundado por moradores da comunidade, entre eles o Paulo César, conhecido como PC, que sempre teve paixão pelo trabalho comunitário. "Eu trabalho no social há mais de 19 anos já, me vestindo de papai noel, palhaço, sempre tentando agregar um pouco de valor dentro da comunidade", conta. "A gente está numa área periférica. Uma área que a gente sabe que a criminalidade é alta em relação aos jovens, e aí começou esse desejo do nosso coração de, através do esporte, poder agregar valor à vida deles". Segundo o fundador, a intenção é dar uma visão de futuro para as crianças e adolescentes do Resgate, seja dentro ou fora do esporte. Para isso, além dos treinos físicos, PC relata que parte do trabalho é entender a realidade de cada um, como estão na escola e dentro de casa. "Antes de iniciar o treino a gente faz uma oração, pede para eles não se envolverem com coisa errada", complementa. Além do PC, outros cinco voluntários trabalham semanalmente no funcionamento do clube. As funções incluem administração de redes sociais, tesouraria, os lanches das crianças e a administração dos treinos. Desde o ano passado, o Resgate FC conta com treinos aos sábados, das 8h às 15h, para todas as categorias, que são divididas por idade e contam com 60 minutos de treino cada uma. Toda a participação dos alunos da comunidade no clube é gratuita. "A gente tem inscrições online e no papel. O que a gente pede é só o atestado médico para comprovar que o garoto pode fazer atividade física", conta PC. Celebração de um ano Família e alunos do Resgate FC na celebração de um ano Arquivo Pessoal/PC "Foi uma data que vai ficar marcada na história do time, poder ver a alegria das crianças, de alguns pais que compareceram com os filhos", relata PC ao relembrar a festa de um ano do Resgate FC, comemorada em outubro. No dia, os voluntários do time e as pessoas da comunidade se juntaram para organizar uma festa com direito a cachorro-quente, distribuição de brinquedos e, claro, um torneio de futebol entre as categorias. "Eu saí na rua e fui batendo de comércio em comércio falando da importância do projeto. Que a gente queria realizar uma festa para os garotos, para as meninas, e se eles podiam doar o que tivesse dentro do alcance no coração. Aí fui pedindo pão, salsicha, pipoca", relata PC. "Graças a Deus, foi um sucesso. Pessoal acreditou no trabalho que eles têm visto". Time de futebol comunitário na região da Sapopemba aposta no esporte para tirar jovens da Planos para o futuro Já para o ano que vem, o fundador do time pretende transformar o Resgate em um clube poliesportivo. Um dos primeiros objetivos é conseguir a licitação para usar a quadra pública em todos os dias da semana, não só aos sábados. "Hoje, eu tenho uma demanda de 90, mas se eu abrir de segunda a sexta para fazer, manhã, tarde e noite, eu vou ter uma demanda de 600 pessoas", diz. Com mais urgência, PC relata que o time precisa de uniformes para jogos, já que os que eles possuem servem apenas para torneios internos e treinos. Chuteiras e outros artigos de treinos, incluindo bolas, também são uma necessidade. "Essa é a nossa maior dificuldade, o material. Inclusive, eu tenho dois garotos que não estão vindo porque não têm chuteira", conta. Para os meninos e meninas que integram a seleção do Resgate, mesmo com as dificuldades, o projeto já é responsável por uma nova realidade. "Estou aqui desde o começo, acho um projeto muito bom. Tem várias formas de você vê o projeto como ser da igreja, como você ter um futuro melhor", afirma André Gabriel de 13 anos. "Eu já gostava muito da minha posição [no campo], mas o PC e o Felipe passaram a me ajudar muito, até quando eu erro", diz João Gabriel, de 15 anos. Time Resgate FC Arquivo Pessoal/PC *Sob supervisão de Cíntia Acayaba

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