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VÍDEO: vizinhos fazem fila na praça e rifam até bezerro para ajudar pais de criança com câncer no interior de SP

Moradores de Socorro (SP) se mobilizaram para arrecadar dinheiro para família após diagnóstico do menino, de 13 anos, que luta contra tumor raro no fígado. ...

VÍDEO: vizinhos fazem fila na praça e rifam até bezerro para ajudar pais de criança com câncer no interior de SP
VÍDEO: vizinhos fazem fila na praça e rifam até bezerro para ajudar pais de criança com câncer no interior de SP (Foto: Reprodução)

Moradores de Socorro (SP) se mobilizaram para arrecadar dinheiro para família após diagnóstico do menino, de 13 anos, que luta contra tumor raro no fígado. Vizinhos se mobilizam para ajudar pais de criança com câncer em Socorro A cidade de Socorro (SP), casa de cerca de 40 mil pessoas, também é onde mora a solidariedade. A prova disso é a mobilização de vizinhos para ajudar a família de Felipe Rodrigues, de 13 anos, diagnosticado com câncer no fígado. 📲 Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp ❤️ De filas para comprar cachorro-quente na praça a rifas de um anel de ouro e até de um bezerro, as tentativas de ajudar financeiramente os pais da criança foram marcadas pela criatividade. Assista ao vídeo acima. A história de Felipe, assim como as ações feitas pelos moradores, já somam mais de 6,6 milhões de visualizações e 1,9 milhão de curtidas no TikTok. Vizinhos fazem fila na praça e rifam até bezerro para ajudar pais de criança com câncer no interior de SP Artes/g1 Vida 'de cabeça para baixo' Ao g1, a mãe de Felipe, Patrícia Rodrigues, explicou que a vida de todos “virou de cabeça para baixo” após o diagnóstico do filho em agosto de 2024. O comércio da família, única fonte de renda até então, precisou ficar fechado com frequência e, assim, começou a perder cada vez mais clientes. Para conseguir pagar as contas, a família começou a vender cachorro-quente em frente a um supermercado da cidade. A história se espalhou entre vizinhos e conhecidos, e eles começaram a receber doações em dinheiro e em bens para rifar e realizar bingos. "A adega ficou fechada por vários dias porque ele [o Felipe] ficou internado várias vezes. A nossa vida virou de cabeça para baixo, e as nossas dívidas foram aumentando. Foi quando a gente resolveu abrir o cachorro-quente para ajudar na renda", conta. O dinheiro era pouco e as cobranças continuavam chegando. “Os boletos não paravam. Tinha o aluguel, e a conta de luz da adega chegou a vir R$ 2 mil. Foi virando uma bola de neve”, diz Patrícia. Pais de Felipe decidiram vender cachorro-quente após dificuldades financeiras e diagnóstico de câncer do filho Patrícia Carvalho Como tudo começou Para completar a renda, Patricia e o marido iniciaram a venda do lanche, mas foi a cidade que iniciou a divulgação. Emanuela Mantovani, ao ficar sabendo da iniciativa, fez uma montagem com a foto dos pais em frente ao carrinho e enviou em um grupo de mães. "Sempre que a gente fala em criança, a gente fica um pouco mais tocada, né? Ainda mais eu que tenho filhos. Simplesmente, organizei uma arte bem simples, fiz um textinho e mandei nos dois grupos de mães dos meus filhos, e o negócio foi tomando uma proporção super legal", conta. Nos dias seguintes, a calçada em frente ao supermercado ficou pequena para a quantidade de clientes que compareceram para dar apoio aos pais de Felipe. “Não é só o dinheiro. A gente vai até lá, dá um abraço, uma palavra de apoio e acolhimento. Às vezes faz até mais diferença”, explica. Moradores fazem fila em carrinho de cachorro-quente para ajudar pais de criança com câncer em Socorro. Reprodução/fe.rodriguess0 Anel de ouro, bezerro e bingos comunitários Com a mobilização da cidade, Patrícia começou a receber doações de bens para rifar e conseguir arrecadar mais dinheiro. Entre os itens, a família recebeu um anel de ouro e um bezerro, que será sorteado no fim de janeiro. A joia foi o primeiro item arrecadado. Emanuela e Patrícia Carvalho, amiga da família, deram um “empurrãozinho” para que a doação acontecesse. Moradores rifam anel de ouro para ajudar pais de criança com câncer em Socorro (SP) Arquivo pessoal “Eu fiquei sabendo da história do Felipe em um bar, e a Manu [Emanuelle] tinha me dito que conhecia uma senhora estava doando um anel para ajudar uma pessoa com câncer”, diz Patrícia. "Eu senti que precisava ajudar essa família. Encontrei o pai do Felipe e disse que iriamos dar o anel para eles rifarem e conseguirem um dinheiro, e que depois a gente ia ver o que fazer", lembra. Rifa de bezerro em prol da criança será realizada em janeiro deste ano Arquivo pessoal A comunidade também conseguiu eletrodomésticos e prendas para a realização de bingos beneficentes. O evento reuniu diversos moradores, que se comoveram e se mobilizaram em prol da família da criança. Moradores fizeram bingo para arrecadar dinheiro para a família Arquivo pessoal Repercussão nas redes Com a repercussão das dificuldades enfrentadas pela família, Patrícia começou a receber pedidos de outros moradores para abrir uma chave Pix para receber contribuições em dinheiro. Depois disso, segundo a mãe, Felipe passou a publicar vídeos em uma conta supervisionada no TikTok, que já acumula 116,6 mil seguidores. Nas publicações, além de informar a conta para doações, ele conta sobre o seu diagnóstico, cotidiano com a doença, e responde perguntas de seguidores. Em um primeiros vídeos, o menino explica, nas próprias palavras, o que é a doença e o tipo de tratamento que está recebendo. Felipe publica vídeos em sua rede social, onde fala sobre seu estado de saúde Reprodução/fe.rodriguess0 O que é o hepatocarcinoma? De acordo com Patrícia, Felipe foi diagnosticado com câncer no fígado, do tipo hepatocarcinoma. Ele é tratado gratuitamente no Hospital Boldrini, em Campinas (SP). Simone Perales, especialista em cirurgia do fígado e transplante hepático do Hospital de Clínicas da Unicamp, explicou que a doença raramente se manifesta em crianças e 95% das vezes aparece em quem tem cirrose hepática. "Embora seja muito raro na faixa etária pediátrica, é o segundo tipo de tumor primário mais comum. Nesse grupo de pacientes, normalmente os fatores de risco são diferentes. Sendo os principiais doenças metabólicas que afetam o figado, como doenças de armazenamento de glicogênio; uma síndrome conhecida como Alagille; ou mais raramente, devido infecção por vírus B", explica. Em pacientes adultos, o câncer pode ser silencioso e assintomático. Nas crianças, o tumor pode atingir tamanhos maiores e dar aumento do volume e dores abdominais, água na barriga, mudança na cor da pele para amarelado, além de perda de peso, mal-estar e indisposição. "Um dos grandes problemas dessa lesão é que o fígado funciona como um filtro para o sangue. Então o sangue entra e sai do fígado o tempo todo. Havendo alguma célula de neoplasia no fígado, essa célula pode sair do fígado e viajar para outros lugares através da corrente sanguínea, dando as chamadas metástases, que nesse caso se dá principalmente para pulmões, ossos e para as veias adjacentes ao fígado", explica Simone. A médica afirma que quando há metástase, lesões volumosas ou invasão de vasos, os tratamentos com intuito curativo (como transplantes, cirurgias e ablações) ficam limitados. Entram, então, os tratamentos paliativos sistêmicos, como quimioterapia, imunoterapia e quimioembolização. VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região *Estagiária sob supervisão de Gabriella Ramos. Veja mais notícias da região na página do g1 Campinas.

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