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'Vivendo um dia atrás do outro', diz pai de gêmeas unidas pela cabeça após segunda alta médica em Ribeirão Preto, SP

Pai de gêmeas unidas pela cabeça comemora alta 19 dias após segunda cirurgia em Ribeirão Pai das gêmeas Heloísa e Helena, de 1 ano e dez meses, que nascer...

'Vivendo um dia atrás do outro', diz pai de gêmeas unidas pela cabeça após segunda alta médica em Ribeirão Preto, SP
'Vivendo um dia atrás do outro', diz pai de gêmeas unidas pela cabeça após segunda alta médica em Ribeirão Preto, SP (Foto: Reprodução)

Pai de gêmeas unidas pela cabeça comemora alta 19 dias após segunda cirurgia em Ribeirão Pai das gêmeas Heloísa e Helena, de 1 ano e dez meses, que nasceram unidas pela cabeça, Amarildo Batista da Silva disse na quarta-feira (26) que não perde a esperança de ver um futuro para as filhas, mas vive um dia após o outro. As meninas tiveram alta 19 dias após a segunda cirurgia de separação dos crânios. A expectativa é de que a próxima etapa ocorra no fim de fevereiro de 2026. "É bem complicado imaginar [o futuro]. A gente vai vivendo um dia atrás do outro para o desenrolar das coisas. A gente não pode perder a esperança, porque é o mais importante para a gente conseguir levá-las até onde tem de levar". ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp O segundo procedimento para separação das gêmeas siamesas aconteceu no dia 8 de novembro, no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (SP). A primeira cirurgia foi realizada no dia 23 de agosto. "Finalmente estamos indo pra casa. Meu coração está tranquilo, graças a Deus ocorreu tudo bem. Estou feliz e satisfeito com a equipe, um trabalho maravilhoso dele", disse Amarildo após a alta das meninas. LEIA TAMBÉM Gêmeas unidas pela cabeça têm boa resposta após 2ª etapa de separação; nova cirurgia deve ocorrer em fevereiro Gêmeas unidas pela cabeça têm alta 19 dias após segunda cirurgia de separação em Ribeirão Pai de gêmeas unidas pela cabeça diz que está ansioso por separação completa: 'Elas precisam poder ver uma a outra' Ele acompanha as filhas em todos os procedimentos e disse que, desta vez, também ficou nervoso enquanto aguardava a cirurgia terminar. "Sempre preocupa. Nesta segunda [cirurgia] eu estava preocupado também, mas não era aquela primeira vez, que a gente fica sempre com mais preocupação. Tenho muita esperança e muita fé que já está dando tudo certo. Só tenho a agradecer". Amarildo Batista da Silva acompanhou as filhas gêmeas siamesas na segunda cirurgia de separação de crânio, em Ribeirão Preto, SP Divulgação/HC Ribeirão Preto Segundo o HC, todo o processo cirúrgico até a separação total das irmãs deve durar um ano. Ainda estão previstos mais três procedimentos. A segunda cirurgia de separação de Heloísa e Helena durou dez horas. Desta vez, foi realizada mais uma etapa de separação dos cérebros. "Conseguimos completar as incisões cutâneas, unindo com os cortes iniciais que fizemos em agosto", disse o médico Jayme Farina Junior, que comanda a equipe multiprofissional envolvida no procedimento. As gêmeas siamesas são de São José dos Campos (SP). Planejado desde 2024, o procedimento consolidado pelos médicos da USP nos últimos anos é composto por cinco fases espaçadas por meses. Amarildo Batista da Silva acompanhou as filhas gêmeas siamesas na segunda cirurgia de separação de crânio, em Ribeirão Preto, SP Divulgação/HC Ribeirão Preto Cirurgia delicada e espaçada Elaborado com uso de modelos tridimensionais e realidade aumentada, nas quatro primeiras etapas o procedimento foca na separação dos tecidos, vasos sanguíneos e estruturas que unem os crânios e os cérebros. "Tem que ser uma separação muito delicada, não pode ser rápida, porque provoca muito sangramento, é uma cirurgia bem delicada e o cérebro precisa ir se adaptando." Na quarta etapa, os médicos também aproveitam para inserir enxertos ósseos e expansores de pele, o que serve de preparação para a etapa final, de cirurgia plástica, com o fechamento dos tecidos que revestem as cabeças. Médicos do HC de Ribeirão Preto (SP) realizaram segunda etapa de cirurgia de separação de Heloísa e Helena, que nasceram unidas pela cabeça. Divulgação/ Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto De acordo com Farina Junior, a terceira e quarta etapas devem ser realizadas no fim de fevereiro e em março. Em meados de 2026, deve ocorrer a separação total. Segundo o médico Marcelo Volpon, também integrante da equipe, o formato dos crânios das gêmeas, mais estreito nas laterais, é um dos fatores que têm contribuído para um melhor mapeamento das áreas de cirurgia. "Foi favorável, porque, entre outros fatores, têm uma redução do diâmetro lateral no crânio. Isso nos permitiu fazer essa navegação circunjacente de maneira que conseguimos encontrar os parâmetros laterais e a gente já conseguiu contornar bastante essas áreas de conjunção, tanto cerebral quanto de vasos". Histórico positivo O caso de Heloísa e Helena é o terceiro conduzido pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, que se tornou referência nacional em cirurgias de separação de gêmeos siameses. O primeiro procedimento foi registrado em 2018, após dois anos de acompanhamento e análise. Na ocasião, os médicos conseguiram separar as irmãs Maria Ysabelle e Maria Ysadora, do Ceará. Já o segundo caso envolveu as gêmeas Alana e Mariah, nascidas em Ribeirão Preto e criadas em Piquerobi (SP). A separação definitiva ocorreu em agosto de 2023, após um procedimento que durou 25 horas. Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região